Tradução para fins pessoais.
"HALL, S. "The work of representation". In Representation: cultural representation and signifying practices. Stuart Hall (Ed). Sage, 1997.
Representação, significado e linguagem
Nesse capítulo concentraremo-nos em um dos processos-chave no "circuito-cultural" (veja Du Gay, Hall et al., 1997 e a introdução para este volume) - as práticas de representação. O objetivo deste capítulo é introduzi-lo a este tópico, e explicar sobre o que se trata e porque nós damos tanta importância aos estudos culturais.
A idéias de representação veio ocupar um novo e importante lugar nos estudos da cultura. Representação conecta significado e linguagem à cultura. Mas o que exatamente as pessoas querem dizer com isto? O que representação tem a ver com cultura e significação? Uma das interpretações por senso-comum do termo é o seguinte: "Representação quer dizer usar a linguagem para falar algo significante sobre, ou representar, o mundo significativamente, para outras pessoas." Você pode muito bem perguntar, "É só isso?" Bem, sim e não. Representação é uma parte essencial do processo pelo qual o sentido é produzido e intercambiado por entre membros de uma cultura. Isso realmente envolve o uso da linguagem, de signos e imagens que servem para, ou representam, coisas. Mas isso está longe de ser um processo simples, como você logo descobrirá.
Como o conceito de representação conecta sentido e linguagem à cultura? Para explorar essa conexão mais a fundo, nós nos concentraremos a um número de diferentes teorias sobre como a linguagem é usada para representar o mundo. Aqui nós estaremos desenhando uma distinção entre três diferentes linhas ou teorias: a reflexiva, a intencional e o construcionismo aproximam da representação. A linguagem simplesmente reflete um significado que já existe no mundo dos objetos, pessoas e eventos (reflexivo)? A linguagem expressa apenas o que o falante ou escritor ou pintor quer dizer com seu ou sua significado pessoalmente pretendido (intencional)? Ou é o sentido construido dentro e através da linguagem (construcionismo)? Você logo aprenderá mais sobre essas três correntes.
Grande parte do capítulo será gasta explorando o construcionismo, por que é esta perspectiva que teve o impacto mais significante nos estudos culturais nestes últimos anos. Esse capitulo escolheu examinar as duas maiores variantes ou modelos da linha construcionista - a aproximação da semiótica, muito influenciada pelo grande linguista Suiço, Ferdinand de Saussure, e a linha discursiva, associada com o filósofo e historiador francês, Michel Foucault. Alguns capítulos mais para o final do livro tratará essas duas teorias novamente, entre outras, então você terá a oportunidade de consolidar seu entendimento sobre eles, e aplicá-lo a diferentes áreas de análise. Outros capítulos introduzirão paradigmas teóricos os quais aplicam a linha construcionista de diferentes maneiras daquela da semiótica de Foucault.Tudo, porém, põe em questão a própria natureza da representação.
Voltamo-nos paraa esta questão em primeiro lugar.
domingo, 11 de setembro de 2011
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